Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu numa pequena propriedade rural de seus pais em Serra de Santana, município de Assaré, no sul do Ceará, em 05-03-1909. Filho mais velho entre os cinco irmãos, começou a vida trabalhando na enxada. O fato de ter passado somente seis meses na escola não impediu que sua veia poética florescesse e o transformasse em um inspirado cantor de sua região, de sua vida e da vida de sua gente. Em reconhecimento a seu trabalho, que é admirado internacionalmente, foi agraciado, no Brasil, com o título de doutor "honoris causa" por universidades locais. Casou-se com D. Belinha, e foi pai de nove filhos. Publicou Inspiração Nordestina, em 1956. Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970, Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Sua memória está preservada no centro da cidade de Assaré, num sobradão do século XIX que abriga o Memorial Patativa do Assaré. Em seu livro Cante lá que eu canto cá, Patativa afirma que o sertão enfrenta a fome, a dor e a miséria, e que "para ser poeta de vera é preciso ter sofrimento". O poeta faleceu no dia 08/07/2002, aos 93 anos.
02/03/2009
Patativa do Assaré ganha homenagem em São Paulo
SÃO PAULO - Entre os dias 7 de março a 5 de abril, a Casa das Rosas (Av. Paulista 37, Bela Vista; tel.: 3285-6986) organiza uma homenagem ao centenário do poeta Patativa do Assaré.
A obra do escritor nordestino é retratada através de uma exposição, que reúne exemplares originais dos seus livros além de folhetos de cordel do poeta, que se consagrou através do gênero literário.
Ao longo do mês de março, especialistas em cultura brasileira irão ministrar palestras e promover debates sobre a produção de Patativa do Assaré. Oficinas de xilogravura e literatura em cordel, além de apresentações de repentistas, também fazem parte da programação indicada para todos os públicos. Depois de cumprir temporada na Casa das Rosas, a exposição será montada em estações de metrô da cidade.
Fonte: O GLOBO.